quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Existirá Natal para todos

Atrasado mas aqui fica.
O NATAL comemora o nascimento de Jesus da Nazaré há cerca de dois milénios. O dia 25 de Dezembro não é reconhecido como a data real do nascimento de Jesus, mas talvez tenha sido escolhido por corresponder ao feriado romano o Deus Sol Invictus. É uma comemoração principalmente de cristãos que ultrapassou a tradição da missa do Galo para se transformar numa comemoração marcadamente comercial.
Ao entrar no mês de Dezembro, muitos começam a pensar na noite de Natal. No bacalhau, nos amigos, mas não na ida à missa do Galo ou á missa do próprio dia 25 de Dezembro. Estão no seu pleno Direito, afinal é mais importante a Democracia do que os cristãos (ou que se dizem cristãos) exercerem a sua “obrigação” de estar presentes na celebração semanal ou festiva da sua religião.
Permitam-me um pequeno à parte. Mas … é bonito casar-se de vestido branco porque as fotos e o filme na Conservatória do Registo Civil não é a mesma coisa.
Comentário à parte, entendo que muitos pensam que o mais importante na celebração natalícia são as prendas, os jantares e almoços.
Os restaurantes enchem-se de festas natalícias, são as empresas, as colectividades, os amigos, os municípios, enfim uma série de jantares em que temos de perder alguns porque não se consegue ir a todos.
Os centros comerciais enchem-se de pessoas a adquirir algumas excentricidades.
Mas, infelizmente nem todos temos estas possibilidades.
Há milhares de pessoas, que nem um presente receberão.
Há milhares de pessoas que nem uma posta de bacalhau terão para comer.
Até aqui creio que não disse nada que o leitor não saiba. Até o título não tem nada de transcendente. Então o que se pode escrever sobre o Natal que seja diferente, seja inovador?
Difícil, mas ao mesmo tempo simples.
Já nos imaginamos a nossa família a fazer um cabaz de Natal completo e oferecer a uma família carenciada?
Apesar de termos Instituições que fazem este tipo de trabalho, creio que é mais difícil, sermos nós a fazê-lo até ao fim.
E porque não em vez de lhe chamarmos Cabaz, não utilizarmos um alguidar (também com a sua utilidade própria) como fundo para esse cabaz.
Será que contribui alguma coisa para o seu Natal ou de outros que infelizmente não terão acesso a este texto? Se sim … óptimo.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo par todos.
Texto publicado na edição n.º 962 do jornal "O Almeirinense"

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