sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

E agora?

O referendo sobre a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez, do passado dia 11 já lá vai.
Como se esperava (pelo menos eu esperava) mais de 50% dos portugueses estieveram-se maribando para este acto, numa clara e inequívosa demonstração de que este não é o problema real que aflige milhares e milhares de portuguesas e portugueses.
Mais uma vez ficou demonstrado à classe dita politica, que os problemas dos politicos, não é o problema real do povo.
Fiquem já a saber que sou contra esta falta de presença dos portugueses, pois é um acto a que todos sem excepção deveriamos participar, independentemente de votarmos, neste caso, Sim ou Não. E mesmo que não se saiba em quem votar defendo que temos a obrigação moral de nos dirigir à urna e pura e simplesmente deixar o boletim em branco ou fazer-lhe um risco anulando-o.
Esta atitude em nada fere o Direito que temos de nos expressar livremente, pois é uma forma de expressão constitucionalmente legitíma e talvez fosse mais produtiva do que o afastamento dos eleitores, sociologicamente, defendido por razões que tem a ver com condições climatéricas adversas ou outros factores desculpatórios, que desvirtuam as verdadeiras razões do povo que é o de não ser o assunto que mais os preocupa de momento.
Posto isto, é caso para perguntar:
E agora?
Agora vamos começar a legislar, legislar e legislar, e quando acabarem de legislar (lá para o ano 2009 ou 2010) já os defensores do SIM recorrem a um subterfúrgio que é o de esta lei não é condizente com as práticas dos países comunitários, para fazer um referendo para alargar às 12 semanas a Interrupção Voluntária da Gravidez.
Para trás ficou aquilo que eu temia que é a se este referendo é ou não vinculativo.
Depois de alguma reflexão sobre o assunto, sem discutir com quem quer que fosse, entendo que o mesmo deverá ser vinculativo, pois estamos em frente de um instrumento que todos sem excepção foram chamados a pronunciar-se, não o tendo feito por razões apenas e estritamente pessoais, é claro que expurgado duma pequena fatia da população que certamente são a excepção e tiveram condicionamentos de ordem profissional ou mesmo particular como, saúde ou outra.
Recorrendo a uma figura comparativa, Todos Nós fomos chamados à Assembleia geral para nos pronunciar sobre o caminho a seguir nesta fase.
Sendo assim vamos em frente, legislem e legislem que Nós somos o Portugal da Lei.
Sabia que hoje é (16/02/2007):
  1. Dia de Santa Juliana, virgem e mártir.
  2. Em 1887, 25 000 prisioneiros são libertos na Índia ao ser celebrado o jubileu da rainha Victória.
  3. Em 1959 Fidel Castro torna-se presidente de Cuba.
  4. Em 1983 foi aprovado, pela ONU, a resolução que reafirma o direito de autodeterminação e independência do povo de Timor Leste.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ma minha humilde opinião também concordo consigo. Este referendo tem de ser vinculativo. Todos tivemos oportunidade de o fazer, pelo que, quem agora vem dizer que o senhor presedente da república tem uma palavra a dizer, não tem razão (na minha opinião). Deveriamos sim ser todos cidadãos conscienciosos e ter exercido o nosso dever cívico.