sábado, 2 de julho de 2011

Somos Incapazes de resolver

Texto publicado no jornal "O Almeirinense" de 15 de MArço de 2011 n.º 993
Somos Incapazes de Resolver
No último jornal “O Almeirinense” foi transcrito excertos, e ideias dum comunicado da empresa Águas do Ribatejo (não encontrado no sitio http://www.aguasdoribatejo.com/) sobre a situação do uso abusivo de água na Zona Industrial de Almeirim.

Este comunicado não teria grande interesse se não revelasse, aquilo que se costuma designar por tentar, primeiro “sacudir a água do capote” e posteriormente “lavar as mãos como pílates”.
A empresa águas do Ribatejo que não tem dificuldade em resolver os problemas das populações com aumentos consideráveis das águas, fazer buracos em ruas e estradas para fazer crescer, e muito bem, a rede de águas e esgotos deixando para trás anos a fio as mesmas esventradas e sem arranjo visível, para além duma ligeira camada de alcatrão, é incapaz de colocar cobro ao uso indevido por parte duma minoria da nossa sociedade, que todos conhecem como nómadas, do gasto inquantificável de metros cúbicos de água numa torneira que deveria servir para abastecer as viaturas tanques dos nossos soldados da paz e que nas nossas casas tem um custo de 0,2817 Euros até ao 5.º metro cúbico e 1,0692 Euros a partir do 16.º metro cúbico inclusive passando pelo escalão intermédio, entre o 6.º e o 15.º metro cúbico a 0,6057 Euros.
Este comunicado, numa primeira fase responsabiliza a Câmara Municipal de Almeirim por ainda na época em que o negócio da água era da sua responsabilidade não ter conseguido resolver o problema e actualmente de forma subtil vir responsabilizar as nossas forças policiais de não terem colocado cobre à situação lavando de alguma forma a sua responsabilidade.
Em Outubro de 2010 neste jornal escrevi um artigo intitulado “Nómadas” em que sublinhei e realcei a boa medida do Presidente da Câmara Municipal de Almeirim nomear um vereador para a Imigração, nessa data escrevi:
 “Passado quase um ano, é-me completamente desconhecido, que o executivo camarário do município de Almeirim tenha tomado alguma medida ou que esteja em vias de ser tomada no âmbito da migração, onde se insere a problemática”.
Desconheço os verdadeiros contornos do problema nomeadamente no que concerne á origem destes cidadãos portugueses, se o número de indivíduos aumentou ou diminuiu, do apoio que tem vindo a ter por parte da Câmara Municipal entre outros pormenores. E desconheço porque penso que a Câmara Municipal de Almeirim e mais concretamente os serviços sociais que deverão ter identificado as respostas ao meu desconhecimento.
Mas há algumas verdades que sei. São um grupo que não está integrado na sociedade, que não se vislumbra nenhuma acção da sociedade (entidades públicas) para os integrar, que tem vindo a manter alguns confrontos com a população, que mantém respeito aos cidadãos, e que tem havido medidas sociais de sucesso no País para a sua reintegração.
Uma coisa é certa, há momentos em que temos de tomar medidas e questiono: Será que o problema da utilização indevida de água por parte desta minoria não deveria ter sido resolvida há anos com a instalação de um ramal devidamente contratado pela minoria à Câmara Municipal ou actualmente com a empresa Águas do Ribatejo para utilização?
Certamente haverá uma solução tecnicamente possível e legalmente enquadrável, pois estes cidadãos de certeza que estão legais para usufruir do seu Rendimento de Reinserção Social, do Serviço Nacional de Saúde e outros serviços de direito.
Notas finais:
1.º Uma palavra de encorajamento para o Adjunto da corporação de Bombeiros Voluntários de Almeirim agredido no passado dia 9 de Fevereiro de 2011 por um individuo presumivelmente de etnia cigana
2.º Há quem não goste de ler nem de ouvir, mas uma coisa é certa o endividamento que em 1985 era de 18.843,5 Milhões de Euros, que em 1995 era de 52.488,8 Milhões, prepara-se em 2011 para ser superior a 157Mil Milhões.
3.º E se de repente a famosa Sopa de Pedra fosse considerada uma das Sete Maravilhas da Gastronomia Portuguesa, seria o “Ouro” para o meu prato preferido.